Equipe de Cruz Alta é prejudicada e contesta resultado de 5 a 3.
Agressões sem bola, omissões e muita polêmica. Os árbitros que atuaram no último sábado (23), em Veranópolis, foram o foco principal do confronto entre ACAF e AAV. Em uma partida marcada por atraso devido à falta de luz e arbitragem confusa, a equipe de Cruz Alta encerrou sua participação na 1ª fase do Estadual Série Prata reclamando do “apito amigo” em favor ao time da casa, que mesmo vencendo por 5 a 3 ainda luta contra o rebaixamento para a Série Bronze.
Roubo de fios de cobre atrasam início do jogo
A delegação da ACAF chegou em Veranópolis com duas horas de antecedência, mas se deparou com o moderno Ginásio Poliesportivo às escuras. A razão é que, no meio da semana, ladrões furtaram os cabos de energia que alimentam o local. As luzes só foram estabelecidas faltando meia hora para o início da partida, através de um caminhão com gerador que ficou ao lado do Ginásio. Com o improviso, o início da partida atrasou 15 minutos.
A formação inicial da ACAF apostada pelo técnico Batata foi a mesma da vitória contra a ASAF. Logo nos primeiros instantes, Ricardo Atkinson chegou duas vezes com perigo. Mas foi a AAV que abriu o placar, aos três minutos, com Índio. Aos seis, o time da casa ampliou com Josuel. Na metade da primeira etapa, Batata mexeu no time, escalando Seco e Ademir. As substituições funcionaram: aos 13 minutos, Léo desviou chute cruzado de Seco e descontou o placar. A ACAF criou outras oportunidades de gol antes do intervalo, mas foi barrada pela boa atuação do goleiro Lorenzo.
Marcelinho (27) marcou mas não conseguiu evitar a derrota da ACAF
Falhas da arbitragem interferem no resultado
As duas equipes retornaram com postura ofensiva. A vontade da ACAF em reverter o placar foi confundida com violência pelos detentores do apito: a arbitragem marcou, em pelo menos dois lances normais, três infrações contra a equipe de Cruz Alta na volta do vestiário. Mesmo assim, a ACAF conseguia jogar. Aos três minutos, Orion cometeu falta na entrada da área e leva cartão amarelo. Na cobrança ensaiada, Marcelinho marcou seu 22º gol na Série Prata/RS e deixou tudo igual. A polêmica envolvendo a arbitragem foi além das faltas marcadas e chegou à omissão: sem bola, Ricardo Atkinson foi atingido no rosto duas vezes. Nada foi marcado. Um minuto depois do empate, o pivô da ACAF cometeu pênalti e foi advertido. Murilo se adiantou e defendeu o chute de Didé, mas a cobrança foi anulada. Na segunda tentativa, gol da AAV. Após o gol, Léo foi substituído e saiu inconformado com os árbitros.
Erros da arbitragem causaram revolta na ACAF
Os jovens Erick Giovane e Yuri Falcão entraram para dar novo fôlego à equipe de Cruz Alta. Os pratas da casa também sofreram com a displicência da Aos 11, Erick levou um soco no rosto e o lance passou batido. Dois minutos depois, Dudu marcou mais um para a AAV. Com a desvantagem, Batata escalou Kiko Gardin como goleiro-linha. A pressão resultou no gol de Ademir, aos 15 minutos. Ainda atrás no placar, Kiko permaneceu como polivalente e a ACAF comandava a posse de bola. Mas faltando 2 minutos para o fim do jogo, Índio intercepta a bola, aproveita o gol vazio e marca o quinto da AAV, selando o resultado final do jogo.
Um estranho detalhe chamou a atenção de quem presenciou a partida: durante a etapa complementar, uma das faltas cometidas pela AAV foi descontada pelo cronometrista no placar eletrônico. Depois do apito final, a delegação da ACAF foi até a mesa e contestou esta e as outras trapalhadas do quarteto de arbitragem.
Kiko Gardin (de amarelo) atuou como goleiro linha nos minutos finais
“Rodada dos 5 a 3” favorece a ACAF
A partida em Veranópolis foi a última da ACAF na 1ª fase. Os outros resultados da rodada foram Lagoense 5x3 ASAF e AGE 3x5 Milan. Mesmo com a derrota, a equipe de Cruz Alta permaneceu na 3º posição da Chave 2. Na semana que vem, a ACAF folga e aguarda a configuração da 2ª fase.